terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Metallica em Buenos Aires - Pré-Show

Continuando...

Chegando na Argentina, tivemos que encarar um táxi para nos levar até o hotel no centro da cidade. Assim como aqui em São Paulo a gente desembarca em pelo Aeroporto de Cumbica, Guarulhos, em Buenos Aires a gente chega pelo Aeroporto de Ezeiza, que também fica na casa do caralho.

Para sair de lá, óbvio que tem que ser de táxi. E se você acha que o taxista de São Paulo é ruim é porque não conhece o da Argentina. Geralmente usa bermuda, camisa de botão aberta, chinelo e fuma durante o trajeto. Óbvio que não usa cinto de segurança e está pouco se lixando se você usa ou não. O carro é um primor. Parece o táxi do Silas Simplesmente (personagem do Marco Luque). Cheio de tranqueira pendurada, velho pra cacete, fita de santo, um treco que aprece rabo de gato e o escambau.

Durante o trajeto nem meu celular e nem o da empresa davam sinal de vida. Eu querendo acertar logo os últimos detalhes com a porta voz da gravadora e falar com a Bruna que já estava na Argentina e que estava tudo bem. Mas nada. Segundo o taxista ele demorava uns 20 minutos para funcionar em outro país. Resolvi esperar.

No hotel, tudo certo. Pegamos nossas chaves e cada um foi para o seu quarto se livrar da mala. Combinamos de nos encontrar no saguão em 15 minutos para trocar os dólares por pesos e almoçar em algum restaurante das redondezas.

Descemos e nada do celular funcionar. Por sorte o do estadão funcionou. Liguei para o contato da gravadora e combinamos tudo. 16h30, no galinheiro do River. Depois de trocar a grana fomos rangar. Fomos no restaurante indicado pelo hotel e finalmente pude conhecer a culinária dos hermanos, que é realmente sensacional.

Como nem tudo é perfeito, me confundi (meu espanhol é pior que o do Luxemburgo) e pedi um frango a milanesa ao invés do bifão. Um vinho argentino pra acompanhar e de saideira, um delicioso chopp Quilmes para dar aquele tapa.

Com a barriga cheia (ainda bem que erramos e pedimos um frango hehehehe), pegamos nossas coisas e fomos para o Monumental de Nuñes. Um calor do cão e aí começamos a notar as diferenças entre shows em estádios no Brasil e na Argentina. Lá, a polícia isola o estádio num diâmetro de cinco ruas mais ou menos. Por um lado é bom porque evita tumulto, por outro é fodinha, pois é uma distância do cacete que você faz a pé. E não se esqueça que estava um sol da porra.

Depois de um tempinho levando sol na cuca, fomos com a imprensa argentina para a coletiva. Depois, Bezzi fez a exclusiva com o Hammett (onde tirei a foto que ilustra esse post) e rumamos para o credenciamento do Ernesto e pegar nossos convites. Lembra do calor? Então. Desde a saída do restaurante não bebemos mais nada. Uma sede terrível e a gente louco para beber alguma coisa. Qualquer coisa gelada.

Olhamos ao redor do estádio e nada. Perguntamos onde tinha um restaurante e um dos seguranças apontou para o lado e pelo que entendi era umas cinco quadras pra puta que pariu. Olhamos para o lado e vimos um posto com loja de conveniência. Óbvio que fomos para lá, para nossa surpresa (outra) só podiam entrar quatro pessoas por vês na loja. Lavamos uma canseira básica, mas entramos. E mais uma surpresinha básica: Cerveja, só em sonho. Não tinha para vender. Ficamos na Coca e Gatorade, as duas únicas coisas geladas do local.

Matamos a sede e resolvemos entrar. Foi quando notamos outra diferença em relação aos shows brasileiros. A rua era um silêncio só. Não tinha um Mané gritando “Metallicaaaaaaaaa” ou cantando algum hit da banda californiana. Os caras pareciam que iam para uma missa.

Depois de passar pela catraca, fomos para arquibancada e abordados por um funcionário. Ele olhou nossos ingressos e pediu para acompanhá-lo. Seguimos o cara, que era um “acomodador”, que nos indicou onde sentar, tirou uma flanela do bolso e limpou nossos lugares. Parecia a Europa hahahahahaha.

O galinheiro do River parece o estádio do São Paulo. Dividido em três anéis, mas sem aquele jardim em volta. Ou seja, é um Morumbi sem a viadagem. Por isso aquilo acaba virando um caldeirão, já que a arquibancada fica perto do campo e dá pra fazer uma pressão animal. E a visão do gramado é excelente.

Bom, o post está grande e vou ficando por aqui. Amanhã eu falo sobre o show, a volta pro hotel, o jantar e a volta pra casa. Afinal de contas, ainda tenho que falar dos shows no Brasil.

Até.

6 comentários:

Aline Oliveira disse...

"Parece o táxi do Silas Simplesmente (personagem do Marco Luque)" HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHa! Juro que imaginei como deve ter sido o episódio do taxi! Sobre a Argentina, ainda bem que tem coisas boas lá, ne? Adorei o texto! E escreve logo a parte 3!

Roberto Novaes disse...

Me arranja um emprego aÊ! rhhahaha

Anônimo disse...

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Unknown disse...

Fabao... qdo for a Bs As de novo me avisa... tenho umas dicas mto fodas la... um grande amigo meu é argentino e me deu umas dicas fora do circuito de turistas... tem um restaurante que eu sempre vou la...

PS: pra comecar pega o taxi Cero Remis... nao sai tao mais caro, carros de qualidade, motoristas bem treinados e ja ficam no portao de desembarque te eserando... outro esquema.. heheheh

Abracao meu amigo... t+

Roberto Novaes disse...

Двадцать с лишним лет после перестройки, русские ведут себя, как будто они никогда не слышали о коммунизме. Или это, или то, что ... самой большой шаг вперед в Западной была разработка диет!? Что ебать, да.

Lúcio N. disse...

Eu não concordo com a parte em que o cara aí de cima diz "Двадцать с лишним лет после перестройки, русские ведут себя". Mas, com certeza o Metallica самой большой шаг вперед в Западной была разработка диет!? Что ебать, да.