segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Two Months and a Half in the Life of Metallica

Parte 1

Um dos motivos do abandono temporário do Cotidiano Ranzinza foi o trabalho de divulgação que realizamos aqui na assessoria dos shows do Metallica no Brasil.

Aceitamos a proposta de trabalho na segunda metade de novembro e comemoramos a oportunidade, afinal de contas, tratava-se do nosso primeiro grande show internacional.


Release aprovado e disparado para todo o Brasil no dia e horário combinado (tínhamos que soltar simultaneamente com as assessorias da América Latina que também divulgavam o show em seus países). Foi o pontapé inicial dos telefonemas e e-mails incessantes para pedidos de credenciamentos, entrevistas e convites. Durante o mês de dezembro tivemos que tratar o assunto em banho maria, pois ainda não tínhamos definição de nada e nem se a banda falaria com a imprensa brasileira.

Mas foi em janeiro mesmo que o bicho pegou. Depois de uma entrevista por telefone para a Folha, a banda topou falar com o Fantástico em Lima (Peru) e com O Estado de S. Paulo em Buenos Aires (Argentina). Na terra de Dieguito Maradona, eu, o repórter Marco Bezzi e o fotógrafo Ernesto Rodrigues fomos para uma coletiva de imprensa, seguida por uma exclusiva com o Kirk Hammett e depois assistir o showzaço no Monumental de Nuñes, estádio (galinheiro) do River Plate.

Um dia antes da viagem eu já estava completamente preparado. Mala pronta. Roupa do dia preparada e táxi agendado para o horário certo. Segundo o taxista, gente finíssima que presta serviços a nossa empresa há séculos, a gente levaria uma hora no máximo da minha casa até o aeroporto de Guarulhos. Coloquei o relógio para despertar às 6h15. Tempo de sobra para um banho tranqüilo, preparar uma café gostoso e esperá-lo sem afobação. Mas, assim como o Botafogo, tem coisas que só acontecem comigo.

Choveu durante a madrugada. E atualmente em São Paulo chuva é sinal de catástrofe. Às 5h45 da matina sou surpreendido pelo Deba. “Fábio do céu... Estou preso na marginal. Tá tudo alagado. Se eu fosse você sairia daí agora mesmo. Senão você não chega em Guarulhos”. Pronto. Lá foi a tranqüilidade pro saco. Até a Bruna levantou com o susto e enquanto eu tomava banho ela começava a ligar para os táxis da região.

Saindo do banho conseguimos um carro. Pedimos para o taxista ligar na rádio Sulamérica para saber do trânsito e rumamos para Guarulhos. Óbvio que para qualquer lugar que fôssemos encontraríamos congestionamento. Mas, fazer o que? A corrida que levaria no máximo uma hora acabou durando quase o dobro.

No final das contas deu tudo certo. Se não fosse o santo Deba (que ainda estava preso na marginal) ter telefonado a tempo, a história acabaria no Brasil mesmo... depois de um vôo tranqüilo, chegamos em Buenos Aires. O dia estava bonito, com um solzinho de leve que nada lembrava a chuvosa São Paulo. Tudo caminhava para um dia tranqüilo, mas a síndrome do time da estrela solitária baixou de novo e alguns problemas de última hora surgiram. Problemas que serão contados amanhã, pois estou com um sono da porra e está fazendo um puta calor aqui...

No próximo capítulo, os táxis, o calor infernal e a culinária argentina. Além da coletiva e exclusiva e, finalmente, o show do Metallica em Buenos Aires.

Até.

3 comentários:

Aline Oliveira disse...

Nossa, Fábio, eu posso dizer que acompanhei um pouco sua saga de perto e sei o qto a maldita chuva atrapalhou seus planos iniciais de ir pra Guarulhos. Mas, ainda bem que deu tudo certo! Beijo!

Silvia Curado disse...

Não tem nem o que falar! O texto é ótimo... mas, se tudo desse certo, o que teríamos pra contar! Manda ver Fabião...
Beijos,

Silvia Curado disse...

Não tem nem o que falar! O texto é ótimo... mas, se tudo desse certo, o que teríamos pra contar! Manda ver Fabião...
Beijos,