No começo dessa semana fui surpreendido por um filme ótimo: o canadense “Incêndios”, escrito e dirigido por Denis Villeneuve. Não sabia direito do que se tratava, mas o “crítico” que atualmente merece meu respeito, o site IMDB (International Movie Data Base), cotava o longa em 8.2 numa escala de 0 a 10. Resolvi conferir e o resultado foi maravilhoso.
Incêndios é um dramalhão, no bom e mau sentido, sobre a vida de Nawal Marwan (interpretada com maestria por Lubna Azabal). Uma libanesa que se mudou para o Canadá e morreu naquele país deixando o seu casal de filhos gêmeos (já adultos) . A morte de Nawal é o pontapé inicial do filme, que começa justamente na leitura de seu testamento para seus dois filhos.
Além dos bens da mãe, os herdeiros recebem uma missão: Encontrar o pai que eles achavam estar morto e um outro irmão, que eles não sabiam da existência. Para dificultar ainda mais a missão, Nawal não deixou nenhuma pista, nome ou paradeiro sobre as pessoas que precisam ser encontradas. Apenas uma foto sua ainda jovem quando morava no Líbano. E é para lá que a filha Jeanne (Mélissa Désormeaux-Poulin) parte em busca do último desejo de sua mãe e da verdade por trás da mulher que a criou.
A edição do filme, alternado o presente com flashbacks do passado de Nawal, é brilhante. Aos poucos, ficamos conhecendo sua história triste e seu terrível passado. Católica, ela teve um romance na adolescência e acabou engravidando do namorado. Este não teve a chance de conhecer o filho, pois foi assassinado por um dos irmãos de Nawal. Ela, por sua vez, além de perder o amor de sua vida, perde também o filho, que é levado pela bisavó para um orfanato.
O passado da mulher que parecia ser uma humilde secretária mãe de gêmeos, revela que ela, na verdade, foi uma guerreira. Sobrevivente do preconceito familiar, da guerra civil travada no Líbano entre católicos e muçulmanos e da prisão onde foi torturada durante 15 anos. O que a mantinha viva era o desejo de encontrar o filho que foi lhe tirado das mãos ao nascer.
Com um final surpreendente, ótimas atuações, edição impecável, Incêndios concorreu ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro (ele é falado em francês e árabe) neste ano e dificilmente sairá da minha lista de melhores filmes de 2011. Imperdível.
Incêndios é um dramalhão, no bom e mau sentido, sobre a vida de Nawal Marwan (interpretada com maestria por Lubna Azabal). Uma libanesa que se mudou para o Canadá e morreu naquele país deixando o seu casal de filhos gêmeos (já adultos) . A morte de Nawal é o pontapé inicial do filme, que começa justamente na leitura de seu testamento para seus dois filhos.
Além dos bens da mãe, os herdeiros recebem uma missão: Encontrar o pai que eles achavam estar morto e um outro irmão, que eles não sabiam da existência. Para dificultar ainda mais a missão, Nawal não deixou nenhuma pista, nome ou paradeiro sobre as pessoas que precisam ser encontradas. Apenas uma foto sua ainda jovem quando morava no Líbano. E é para lá que a filha Jeanne (Mélissa Désormeaux-Poulin) parte em busca do último desejo de sua mãe e da verdade por trás da mulher que a criou.
A edição do filme, alternado o presente com flashbacks do passado de Nawal, é brilhante. Aos poucos, ficamos conhecendo sua história triste e seu terrível passado. Católica, ela teve um romance na adolescência e acabou engravidando do namorado. Este não teve a chance de conhecer o filho, pois foi assassinado por um dos irmãos de Nawal. Ela, por sua vez, além de perder o amor de sua vida, perde também o filho, que é levado pela bisavó para um orfanato.
O passado da mulher que parecia ser uma humilde secretária mãe de gêmeos, revela que ela, na verdade, foi uma guerreira. Sobrevivente do preconceito familiar, da guerra civil travada no Líbano entre católicos e muçulmanos e da prisão onde foi torturada durante 15 anos. O que a mantinha viva era o desejo de encontrar o filho que foi lhe tirado das mãos ao nascer.
Com um final surpreendente, ótimas atuações, edição impecável, Incêndios concorreu ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro (ele é falado em francês e árabe) neste ano e dificilmente sairá da minha lista de melhores filmes de 2011. Imperdível.